Coordenadora de Endemias Alerta População de Parambu Sobre Alto Índice de Leishmaniose em Cães
A Coordenadora de Endemias do Município de Parambu Dra. Valesca, concedeu entrevista ao Programa Tribuna do Povo da FM Novo Tempo, nessa quinta feira 28 de Setembro de 2017, para alertar a população parambuense do alto índice de Leishmaniose em vários cães de Parambu.
Segundo a Coordenadora foram confirmados alguns casos nos Bairros, Cachimbo, Juazeiro, Alto Belo Vista, Caixa d’água e outras localidades do interior. Ela afirmou ainda que os proprietários de cães suspeitos, devem procurar os Agentes de Endemias e comunicar o fato. Os agentes irão até as residências e farão um teste rápido chamado DPP. Caso seja confirmado o aconselhável é que o animal seja eutanasiado.
Dra. Valesca confirmou que tanto os Agentes de Endemias, como a Secretaria de Saúde de Parambu, estão a disposição da população para qualquer esclarecimento sobre este assunto.
CONHECENDO A DOENÇA
A leishmaniose é uma doença infecciosa não contagiosa, causada por parasitas do gênero Leishmania. Existem dois tipos de leishmaniose, a saber: a leishmaniose tegumentar (ou cutânea) e a leishmaniose visceral (ou calazar). A primeira é conhecida como “ferida brava” e caracteriza-se por feridas na pele; já a leishmaniose visceral é sistêmica e ataca órgãos internos, principalmente o fígado, o baço e a medula óssea.
Esta doença afeta, principalmente, os cães, além de animais silvestres, gambá ou saruê, e urbanos como gatos, ratos e os seres humanos (principalmente as pessoas que são, de algum modo, imunodeficientes). Nos cães de estimação, a doença é conhecida como Leishmaniose Visceral Canina (LVC).
Como se dá a transmissão da doença?
A transmissão da Leishmaniose Visceral Canina ocorre quando o animal é picado por insetos hematófagos (conhecidos como “mosquito palha” ou “birigui” e demais denominações) infectados. A doença não é transmitida de um animal infectado a outro sadio, é o inseto que transmite a doença.
Sintomas e diagnóstico
Os sintomas da leishmaniose em cães podem incluir emagrecimento, perda de pelos, fraqueza, feridas, gânglios inchados, crescimento exagerado das unhas, anemia, dentre outros. Nos órgãos internos, como ocorrer o crescimento do fígado e demais alterações.
O diagnóstico preciso da doença só pode ser feito por um médico veterinário, que realizará exames de sangue e exames citológicos, feito a partir de pequenas amostras de tecidos.
Tratamento
Clinicamente falando, a leishmaniose é uma doença tratável e curável, no entanto, assim como ocorre na grande maioria das doenças causadas por protozoários, geralmente não há a cura parasitológica.
O tratamento desta doença ainda envolve polêmicas, porém não é proibido e pode ser sintomático, com medicamentos veterinários de uso oral, que podem ser manipulados em farmácias. O que é proibido no tratamento desta doença é o uso de medicamentos da linha humana, proibição que está sendo questionada.
O tratamento no cão infectado, com a vacinação e repelentes, podem levar à cura clínica e à cura epidemiológica.
Como prevenir a doença?
No nosso país existe uma vacina contra a Leishmaniose Visceral Canina, com uma proteção acima de 92%.
Além da vacinação, outras medidas de controle devem ser tomadas, como combate ao inseto vetor da doença, inseticida no ambiente e a utilização de produtos repelentes no animal.
Coordenadora de Endemias Alerta População de Parambu Sobre Alto Índice de Leishmaniose em Cães
Reviewed by Blog do Serafim Santos - Parambu
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setembro 28, 2017
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